Nascido na cidade de São Paulo em 1965. Alfabetizado
pela própria mãe antes dos seis anos, ingressou ainda pequeno no antigo primário e muito jovem na
universidade, um avanço acadêmico que acabou lhe promoveu uma
indecisão vocacional profunda da carreira a seguir para o resto de sua vida. Nunca foi atleta, apesar de mandar bem em natação no Corinthians, até que a transferência do pai também o transferiu para Campinas.
Gostava de calcular, arquitetar, escrever, mas
acabou cedendo a inovação proposta pela então área do processamento de dados.
Eram tempos financeiros familiares difíceis e optar pelo Magistério ou
Arquitetura, pareciam, à época, cenários não favoráveis para paralelamente ter
que trabalhar para sustentar os estudos. A informática parecia ser um ramo mais
promissor e o curso bem mais flexível em horários disponíveis.
Graduado em Análise de Sistemas, trabalhou durante
anos a levantar informações, analisar quesitos, integrar dados, codificar
programas, dissertar projetos e formar novos profissionais. De certa forma uma
profissão que - apesar de estritamente técnica e burocraticamente intediosa –
oportunizava uma prática alternativa do desenvolvimento da escrita e da
linguagem visual, pois agrega em seu princípio funcional a identificação,
filtragem, organização e contextualização de ideias, além da elaboração dos
mecanismos – interfaces – de interação homem-máquina. De certa forma o que são
literatura, cinema e arquitetura?
Mas oportunamente cursou Arquitetura, um sonho da
adolescência, objetivando desenvolver também a expressão de ideias através da
imagem, da identificação do espaço, da intervenção na paisagem urbana, da
sincronia entre homem e habitat. Infelizmente não concluiu.
Mas sempre teve na escrita uma poderosa ferramenta
de exposição de seus argumentos, reivindicação de seus direitos, defesa de suas
ideias e busca de alguns sonhos, inclusive amorosos. Ah! Quantos não
correspondidos...
No entanto nunca havia explorado o mundo das letras
com propriedade, tampouco interesse profissional, e ainda não, até que
desempregado em 2002, por força da desordem política que sempre se perpetua
neste país, buscou no gosto da escrita uma maneira de transformar a própria
dificuldade em uma nova oportunidade. Começou a escrever, desenfreadamente. Ainda
não reconhecido. Ainda não!
No Amapá, seu ainda refúgio profissional, dissertou,
enquanto membro do quadro funcional do Governo do Estado, projetos sociais de
relevância, inclusive nacional, como atesta o “Projeto Navegar – Comunicação
Global no Bailique”, que acabou por se transformar na OSCIP Navegar Amazônia.
Não foi o autor, apenas o redator.
É autor de diversos Blogs onde publica, desde 2002, ensaios
textuais e gráficos de toda ordem, alguns um tanto esquisitos e despropositados. Mas a preguiça
e a carência de tecnologia disponível os deixa desatualizados.
Ainda no campo das letras virtuais e outras ideias
reais, desenvolveu com o falecido amigo escritor Artur de Carvalho, através da
troca de e-mails como mecanismo de produção criativa sequencial, um livro
digital, ainda sem título e agora publicação mais do que indefinida, que pode ser degustado
através do Blog Arthur Cosmos.
Novamente desempregado em 2007, enquanto aguardava o
chamamento de empresas interessadas em meu maravilhoso curriculum técnico, também
arriscou no mundo cinematográfico, formando-se como roteirista de cinema no
Polo Cinematográfico Paulínia Magia do Cinema. Possui alguns roteiros
finalizados – curtas e longas - e já participou – sem sucesso – de alguns
concursos culturais para suas produções. Mas nunca é tarde. Nesse mesmo ano,
aproveitando o ócio (alguns chamam de momento sabático) colocou em curso a
produção de uma série de livros, infelizmente ainda não publicados. Mas nunca é
tarde 2.
Bom! Que venham novas ideias e surjam as oportunidades. Mas tenho que correr atrás pois a sorte não bate à porta e a fila anda no mundo cultural.